Dados divulgados pelo IBGE corroboram sentimento de que famílias voltaram a comprar, o que estimula o otimismo de empresários.
O otimismo parece ter voltado no meio empresarial brasileiro. Empresários e economistas afirmam que o ambiente econômico melhorou em relação aos últimos anos e que estão esperançosos por 2019. Os dados divulgados na manhã desta sexta-feira 30, pelo IBGE, indicam que eles não estão errados. Com as altas dos investimentos e do consumo das famílias, espera-se um crescimento mais sustentado do PIB em um futuro próximo, alimentado pelos principais vetores da economia.
“Nós estamos otimistas. Estamos felizes com os resultados que tivemos este ano, que está sendo acima da nossa expectativa. Percebemos que a economia, gradativamente, está se recuperando”, diz Rosy Souza, executiva da fabricante de peças para motocicletas Laquila.
A percepção da executiva é endossada pelos dados do setor. De acordo com a Abraciclo, a associação que reúne empresas fabricantes de motocicletas, o volume de vendas acumulado entre os meses de janeiro e outubro de 2018 cresceu 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a associação, a ampliação do crédito e a estabilidade nos índices econômicos foram fatores que influenciaram na retomada do setor que não crescia há seis anos.
“A inflação e o crédito não nos afeta diretamente, mas cria um ambiente favorável. Com o aumento do crédito e a queda de inadimplência, mais pessoas compram motocicletas, aumentando nosso mercado. São fatores positivos que estão orientando nossos investimentos futuros”, diz Rosy, que ampliará a filial localizada no Ceará para atender os mercados do Norte e do Nordeste. Ao todo, o IBGE aponta que o setor industrial teve alta de 0,4% no terceiro trimestre deste ano. No ano, ele acumula alta de 0,9%.
Serviços
O setor de serviços é considerado o principal motor da economia, devido ao seu peso em consumo, arrecadação e emprego. Segundo o IBGE, no ano, o segmento cresce 1,4%. No terceiro trimestre, a alta foi de 0,5%. Um dos motivos para isso é a manutenção do crescimento do consumo das famílias. Foram 0,6% de alta no trimestre e 2% no acumulado do ano.

Fonte: https://veja.abril.com.br